* 100% das pessoas entrevistadas consideram que São Bernardo do Campo possui uma identidade. Da mesma forma, é totalmente compartilhada a percepção de que essa identidade não é estanque e está em construção/transformação;

* A percepção sobre a identidade da cidade ganha novos matizes. Em primeiro lugar, com 14% das respostas, a pesquisa indica que são as obras em infraestrutura e a transformação física de São Bernardo as que estão modelando o novo perfil da cidade afirmando sua posição como referência na região e como modelo de modernidade;

* Imagem da cidade industrial perde força diante de uma percepção mais próxima à força do comercio e serviços;

* Foram reconhecidas muitas identidades no território. Uma porcentagem importante de respostas indica que a identidade em São Bernardo varia dependendo do bairro e do grupo social;

* Estamos juntos, mas não estamos unidos (arquipélago). A identidade como valor compartilhado ainda é um grande desafio;

* Lógica do "pedaço" muito forte nos bairros (e.g Rudge Ramos ou Jordanópolis);

* Identidades veladas: música, dança, esportes;

* Uma nova identidade de aspecto ambiental apresenta a nossa cidade como um ponto de encontro entre dois mundos: a mancha urbana da RMSP e a região de mananciais. Ter identidade é contar com o privilégio de ter no jardim um manacá da serra florido ou ouvir o canto de um sabiá laranjeira;

* Santo patrono: Bernardo (desconhecido pela maioria);

* A identidade como um fator recebido a partir da percepção dos outros foi um resultado que vale destacar. Cabe acrescentar que o hino da nossa cidade é uma referência direta ao momento histórico em que São Bernardo retoma sua condição de sede. Ou seja, volta a ser reconhecido pelos outros como município. Outro exemplo recolido é o caráter de pertencimento da comunidade da Vila São Pedro quando os mapas da cidade incluíram o bairro como parte da cidade. Embora já ocupada, os mapas de São Bernardo apresentavam essa região como uma área livre.

* Uma nova identidade foi substituindo a antiga identidade de luta sindical. A "identidade participativa" aparece como uma variável transversal que ultrapassa às tradicionais categorias operárias de luta e mobilização, provocando identificação entre um número cada vez maior de pessoas.