* Há proximidade entre os dois maiores resultados da pesquisa: 35% dos entrevistados considera que pessoas leigas, embora pouco informadas, são importantes para a discussão de problemas e a resolução dos mesmos. Embora sejam pessoas com certo distanciamento dos temas tratados, podem contribuir com visões diferenciadas e renovadas perspectivas que, ocasionalmente, podem abrir novas possibilidades de interpretação aos temas tratados. Já 29% considera que pessoas que não estejam envolvidos no tema devem se abster de participar, pois nesse caso a informação e o conhecimento são condições para o melhor andamento de um trabalho e a posterior resolução do mesmo;

* Um dado interessante aparece em 14% das respostas. Trata-se da discussão tradicional sobre quem é leigo. Nesse caso, depoimentos sustentam que historicamente moradores dos bairros da cidade são considerados leigos por profissionais e técnicos contratados para obras de infraestrutura. O conhecimento informal e a rotina cotidiana, afirmam, deve ser considerada como um tipo de "sabedoria popular". Houve, nesse sentido declarações que reforçavam que a melhor universidade é a universidade da vida. Concomitantemente, pessoas com deficiência física entrevistadas alertaram que já houve na cidade políticas de inclusão pensadas por pessoas "incluídas" e que nesse sentido, a força da participação cidadã e a voz dos envolvidos e beneficiários da política contribuíram para diminuir a enorme distância entre o gestor e o usuário.