* 98% dos entrevistados confirma uma hipótese amplamente utilizada no planejamento: estamos preocupados com o futuro. Ou seja, prever as nossas ações ao longo do tempo é um sinal de responsabilidade e uma prática que deve ser estimulada;

* Resulta curioso que embora a percepção sobre o planejamento e o pensamento a longo prazo seja positivo são relativamente muitos (54%) os que declaram que não fazem planejamentos longos. A incerteza com o futuro e as dificuldades decorrentes de estabelecer metas com diretrizes claras e ações concretas para alcança-las faz com que as atenções sejam dadas ao momento presente;

* Um dos grandes desafios da participação cidadã é justamente superar o pensamento de curto prazo. Contudo, alguns depoimentos destacam que embora uma família não tenha condições de projetar as suas ações para horizontes distantes, essa prática é uma obrigação para os governos;

* Entre quem considera que pensar a longo prazo é importante, o impulsionador dessa atitude termina sendo quase sempre a preocupação com os filhos e o futuro (sem garantias) ao qual eles terão de se enfrentar;

* Dois depoimentos interessantes chamam a atenção sobre o trabalho de prospectiva: i) uma mulher de mais de oitenta anos convencida em que em breve poderá aprender a ler; e ii) uma homem que teve a experiência de passar vários anos em situação de rua o qual alimentava o desejo de reconstruir sua vida, estudar numa universidade e trabalhar.